Empresa refutou acusações de líderes do movimento, que não consegue ter diálogo com os manifestantes e que já entrou com medidas jurídicas e criminais contra o movimento. A empresa informou que já tem uma liminar julgada e deferida pela justiça que determina a desocupação da rodovia BA 275, liberando completamente o trânsito de veículos e pessoas, além estabelecer que o grupo e integrantes se abstenham de promover fechamento da referida rodovia enquanto tramitar o processo. Para o caso de descumprimento da presente ordem judicial, foi fixada pena de multa de R$ 20.000,00 para cada dia de manutenção do movimento de bloqueio.
A empresa Veracel Celulose se manifestou em nota enviada à nossa redação na tarde dessa terça-feira (17/08) o seu posicionamento com relação à manifestação realizada na manhã dessa segunda-feira (16/08) e dos bloqueios na BA-275 que estão impedindo a circulação dos funcionários da empresa que trabalham na fábrica. A companhia informou que está adotando todas as providências para manter a segurança de todos e para assegurar o fluxo dos colaboradores à fábrica. A empresa destacou que os profissionais que atuam em sua área de inteligência patrimonial sempre agem pacificamente, com intuito apenas de conter possíveis tumultos e sem portar armas.
Sobre a alegação dos manifestantes, que seria a reivindicação por terras, a Veracel informou que esse pleito não condiz com a verdade. A companhia relatou que detém toda a documentação de posse das áreas utilizadas para a sua produção de celulose e reforça que toda sua área é produtiva, incluindo a área em questão ocupada neste momento pelo grupo invasor. A Veracel ainda ressaltou que já mantinha a atividade produtiva de eucalipto nesse imóvel, cujas árvores chegaram a ser cortadas pelo grupo e que possui posse da terra em questão desde 1994.
Em nota, a empresa informou que o grupo de manifestantes tem se recusado sistematicamente a dialogar com a companhia. “Desde 2011, a Veracel vem celebrando acordos com grupos de trabalhadores rurais em parceria com movimentos sociais, órgãos governamentais, ONGs e entidades acadêmicas. Os acordos resultaram em mais de 20 mil hectares negociados pela empresa para serem destinados a assentamentos agroecológicos, e mais de 1.200 famílias estão sendo beneficiadas. Isso traduz a efetiva contribuição da empesa para o desenvolvimento regional, por meio do apoio à agricultura familiar.” – Comentou a nota.
Por fim, a empresa manifesta que sua atuação se baseia no diálogo e que atua sempre de forma pacífica e na estrita observância da lei. A companhia refuta veementemente as alegações inverídicas do grupo de manifestantes de que tenha promovido qualquer irregularidade ou fraude na aquisição dessas áreas. A companhia destaca ainda que já tomou as medidas judiciais cabíveis com relação às acusações de caráter difamatório que vem sofrendo. Em relação às alegações novamente inverídicas e infundadas lançadas nos últimos dias, a Veracel informa que já tomou as medidas judiciais cíveis e criminais contra o mesmo. A companhia esclarece ainda que todas as suas atividades operacionais seguem normalmente, sem nenhum impacto à sua produção.
Para manter o fluxo logístico de sua produção, que mantém mais de 3 mil empregos e é fonte de renda de diversas famílias da região, a companhia entrou com liminares junto à Justiça para que ocorra o desbloqueio da via e de seu entorno pelos manifestantes e o tráfego regular de veículos da empresa e fornecedores possa ser retomado sem prejuízos à logística de produção e abastecimento da fábrica. A liminar foi julgada e deferida pela Justiça e determina a desocupação da rodovia BA 275 pelo grupo, liberando completamente o trânsito de veículos e pessoas, além da ordem para o grupo e integrantes absterem-se de promover de fechamento da referida rodovia enquanto tramitar o processo. Para o caso de descumprimento da presente ordem judicial, foi fixada pena de multa de R$ 20.000,00 para cada dia de manutenção do movimento de bloqueio.
Veja a nota na íntegra: