A guerra entre professores e Prefeito Bebeto Gama será reiniciada e nesta sexta-feira (08/07), onde a categoria estará retomando o movimento grevista cruzando os braços em uma paralisação de advertência. A APLB/Belmonte também aproveitou para publicar uma nota de repúdio chamando os professores para uma manifestação pública contra o ato do “Prefeito da Renovação” que não cumpriu o acordo fechado na última reunião realizada no dia 27/06 na Câmara de Vereadores de Belmonte. A reunião, que foi articulada pelos vereadores da base aliada do Prefeito, contou com a presença da APLB/Belmonte, Vereadores, Secretária de Educação, Secretária de Finanças e corpo jurídico e contábil da Prefeitura de Belmonte.
Após 05 horas de reunião, naquela data, foi fechado um acordo onde a gestão pagaria os 33,24% do reajuste do Piso Salarial do Magistério somente encima do salário base. As demais verbas remuneratórias de direto dos professores ficariam congeladas até o final do mês de dezembro. Os professores também aceitaram abrir mão dos seis meses retroativos. A Secretária de Finanças, na ocasião, resistiu ao máximo, pois a sua proposta era de apenas 3% de reajuste, para isso, os advogados chegaram a alegar que o aumento de 33,24% implicaria na demissão de 228 contratados, fato que, foi rebatido pela APLB/Belmonte, que deixou claro que as contratações precárias eram de responsabilidade do Prefeito, já que, o gestor sabia que havia esse impasse salarial em curso e mesmo assim continuou procedendo com as contratações. (Veja aqui)
Alguns dias após a reunião, apoiadores da gestão Bebeto Gama começaram a espalhar nas redes sociais que professores e vereadores de oposição eram os culpados pela demissão dos 228 contratados, onde as mensagens consideravam que foi orquestrado um movimento de ganância contra a “Gestão da Renovação”. Um contratado, que pediu para não ser identificado, ainda comentou com nossa reportagem que foi obrigado a postar a mensagem em sua página no Facebook, já que, “monitores” da Prefeitura de Belmonte estariam varrendo os perfis nas redes sociais para saber quem estava contra ou do lado do Prefeito. A versão foi prontamente desmentida na gravação de uma live da reunião feita pelos vereadores Thiara Melgaço e Paulinho de Papau, onde aparece claramente que a intenção de demissão partiu dos advogados da gestão e não dos vereadores e diretores da APLB/Belmonte. (Veja aqui)
Nenhum dos vereadores da base aliada, até o fechamento dessa reportagem, comentou publicamente sobre a situação, mas há boatos na cidade que alguns estão incomodados e constrangidos com a atitude do gestor, já que, os mesmos contribuiram ativamente na tentativa de resolução do impasse. Os Vereadores de oposição, por sua vez, já avisaram que vão retaliar a falta de palavra do prefeito e a falta de respeito com os professores e com o Legislativo. Os mesmos ainda ressaltaram que vão apelar para o apoio dos vereadores que estão apoiando o Prefeito Bebeto Gama na busca por uma solução definitiva, já que, o aprendizado dos jovens do município está sendo prejudicado.
A APLB/Belmonte, em contato com nossa reportagem, informou que o Prefeito Bebeto Gama e sua esposa e Secretária de Finanças, Eunice Gama, não atendem telefones e nem as mensagens enviadas pelos diretores da entidade. O sindicato ainda informou que recebeu a informação de que os advogados de Salvador barraram o acordo fechado, onde teriam afirmado que o mesmo estava sendo vítima de um “golpe”. “Na reunião só tinha pessoas de bem, inclusive representantes da gestão. Como é que estamos montando um golpe, já que, os próprios vereadores que apoiam o prefeito apoiaram o acordo? É uma falta de respeito com os trabalhadores, com os vereadores e com a comunidade. Esperamos que o gestor volte atrás em sua decisão.” – Informou um dos diretores.