Dando continuidade à sua guerra particular travada contra os professores da rede municipal de ensino de Belmonte, o Prefeito Bebeto Gama não compareceu à audiência de consciliação entre a gestão e a categoria convocada pelo Juiz Carlos Alexandre Pelhe Gimenez, titular da Comarca de Belmonte. A reunião para discutir o conflito foi marcada para a manhã desta quarta-feira (14/09). Os membros da APLB abertos a negociar com a gestão municipal, compareceram no horário marcado, mas o gestor não se fez presente e nem enviou nenhum membro da gestão para representa-lo, mostrando que o diálogo nesse governo que assumiu a cidade dizendo que os belmontenses estavam “livres da ditadura” simplesmente não existe.

A APLB/Belmonte ainda informou que a categoria está indignada e se sentiu desrespeitada pelo gestor, que mostrou total desprezo pela valorização da educação em Belmonte, contrariando o seu programa de governo divulgado no período em que o mesmo era candidato. A categoria ainda informou que vai continuar lutando na busca por seus direitos e pede apoio da população e dos vereadores da base aliada do gestor para que os mesmos convençam o Prefeito Bebeto Gama a negociar, impedindo assim, que as crianças e jovens da rede municipal tenham o ano letivo prejudicado.

Essa não é a primeira vez que o gestor rejeita qualquer tipo de acordo ou diálogo com os professores.

Todos lembram da reunião de cinco horas convocada pelos Vereadores da base aliada do Prefeito Bebeto Gama realizada no plenário da Câmara em junho desse ano, onde esteve presente a primeira-dama e Secretária de Finanças, Eunice Gama, juntamente com os seus advogados e membros da cúpula da Secretaria da Educação comandada pela então Secretária da pasta Cristiane Mendes. Na ocasião a mulher do Prefeito queria dar apenas 3% de reajuste para os professores alegando não ter recursos para repassar o reajuste de 33,24% do Piso Nacional do Magistério, mesmo o município tendo aumentado a sua arrecadação de verbas para a educação nesse ano em 43,74% estimando um valor de R$ 30,4 Milhões de Reais a entrarem nos cofres da Prefeitura de Belmonte.

Vendo que a sua alegação inicial não colava, a mulher do Prefeito e seus advogados tentaram colocar nas costas da APLB e dos vereadores de oposição a possibilidade de demissão de 228 contratados da folha da educação, sendo que, todos sabem na cidade que a grande maioria desses servidores são apoiadores políticos do Prefeito Bebeto Gama, já que, essa é a senha para ser contratado pela Prefeitura de Belmonte nesta gestão. Mesmo com muita luta, os professores e os vereadores aliados conseguiram que a Secretária Eunice Gama fechasse um acordo para aplicar os 33,24% de reajuste apenas no salário base, não pagar os retroativos e congelar as vantagens dos professores. Mesmo assim o Prefeito Bebeto Gama, dias depois, desrespeitou o acordo, onde a APLB alega que seus advogados de Salvador chamaram os professores de golpistas.