Lideranças indígenas, com apoio do Conselho das Associações de Bugueiros Pataxó, realiza, na manhã desta terça-feira (18/10), um protesto no distrito de Caraíva e a travessia fluvial para a localidade está interrompida, impedindo o acesso e a saída de moradores e turistas. A comunidade indígena reclama da falta de transporte escolar, de manutenção das salas de aula, de funcionários para os serviços de apoio e, principalmente, da falta de professores para as turmas de educação infantil e fundamental. Os manifestantes exigem a presença de representantes da Secretarias Municipais de Educação e Administração de Porto Seguro.
A Prefeitura Municipal de Porto Seguro informou em nota que publicou na segunda-feira (17/10), no Diário oficial do município, o edital do processo seletivo simplificado visando a contratação temporária de professor e auxiliar de classe para as escolas indígenas. Conforme o cronograma do edital, a homologação do resultado processo seletivo será no dia 14 de novembro. Quanto ao problema da falta de manutenção dos prédios escolares indígenas, a prefeitura informou, nesta terça-feira (18/10), que prosseguem as obras de reforma da Escola Municipal de Caraíva, que precisou ser demolida e iniciada do zero “devido às péssimas condições do prédio anterior”.
De acordo com o cronograma, a escola será entregue em junho do próximo ano, “mas as atividades seguem aceleradas para que, se possível, consigam ser finalizadas em março”, no início do ano letivo de 2023. Ainda conforme a prefeitura, enquanto a nova escola não é concluída, estão sendo construídas quatro salas provisórias, sendo duas na Biblioteca de Caraíva e outras duas em um terreno próximo, com estrutura de madeira e banheiros. A previsão é de esses espaços provisórios sejam entregues nos próximos 20 dias. Na escola do bairro Xandó, segundo a prefeitura, estão sendo construídas duas novas salas de aula.