Na manhã de quinta-feira, dia 24 de agosto, o clima de insatisfação se intensificou em Belmonte com a segunda paralisação de advertência promovida pelo SINSPPOR (Sindicato dos Servidores Públicos de Porto Seguro e Região). O motivo? A falta de uma contraproposta da gestão municipal liderada pelo Prefeito Bebeto Gama em relação ao pedido de 12% de reajuste salarial, destinado a recompor as perdas anuais dos servidores.
Já é evidente que a relação entre a administração municipal e os servidores não está em seu melhor momento. Na semana passada, uma primeira paralisação ocorreu, chegando até as portas da prefeitura, onde os representantes sindicais esperavam por um diálogo frutífero com o Prefeito. Contudo, mesmo estando dentro das dependências da prefeitura, Bebeto Gama recusou a chance de sentar à mesa com os representantes sindicais e debater as justas demandas dos servidores. A situação se agrava consideravelmente quando se observa que a recomposição salarial é amparada por lei, com uma data base fixada em fevereiro. O sindicato tem buscado desde janeiro uma comunicação eficaz com a gestão, mas, lamentavelmente, todas as tentativas têm se mostrado infrutíferas até o momento.
O quadro se torna ainda mais complexo quando lembramos que os servidores públicos municipais já acumulam uma defasagem salarial de mais de 8%, resultado de reajustes que não foram concedidos pela gestão anterior. Esse cenário se repetiu no primeiro ano da atual administração, levando a questão a ser judicializada. Após a recente paralisação, ficou definida uma nova data para um novo ato de advertência. Se a situação não avançar positivamente, essa ação poderá ser o prenúncio de uma greve, que certamente terá impactos significativos na prestação de serviços públicos à população.