Nesta terça-feira, 29 de julho, servidores públicos e professores de Porto Seguro iniciaram uma greve por tempo indeterminado, em busca de melhores condições salariais e de trabalho. A decisão foi tomada após uma assembleia conjunta realizada em 24 de julho, convocada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Porto Seguro e Região (Sinsspor), APLB/Sindicato e Sindicato dos Agentes de Saúde e de Combate a Endemias de Porto Seguro e Região (Sindiacscer). Os serviços essenciais continuarão operando normalmente durante a greve, mas a paralisação afetará diretamente as atividades educacionais, já que os professores estão entre os grevistas.
O prefeito Jânio Natal, por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais, fez um apelo ao sindicato dos professores para reconsiderar a greve, alegando que este é um momento inoportuno devido à queda de arrecadação de verbas federais em todos os municípios. O prefeito também destacou os desafios que a greve impõe aos pais, que agora não podem trabalhar devido à ausência das aulas e à suspensão das refeições fornecidas pela merenda escolar. Além disso, ele enfatizou os esforços de sua gestão em relação aos professores, mencionando os reajustes salariais anteriores, como o aumento de 33,32% no ano passado e a inclusão de 16% de regência de classe. Jânio Natal também apontou para o baixo desempenho de Porto Seguro no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) como uma preocupação mais urgente que os professores deveriam abordar.
Entre as reivindicações das categorias em greve está a correção da tabela salarial para se equiparar ao salário mínimo nacional, que é de R$ 1.320,00. O presidente do SINSPOR, Antônio Lisboa, destacou em um vídeo que a greve também é uma resposta às perdas salariais acumuladas desde 2021, às condições precárias de trabalho, aos casos frequentes de assédio institucional e a outras demandas como o cumprimento da Lei 1.828/2022 do PDFAZ, a regularização do Previne Brasil e da insalubridade, a isonomia da produtividade dos fiscais, o rateio da verba da Covid e a oposição à suspensão do desconto sindical. As categorias também se opõem à Lei Municipal 1929/2023, que reduz o teto salarial dos servidores.