Nesta segunda-feira (18/09), as redes sociais foram inundadas com imagens chocantes que revelaram o estado lastimável do lixão de Belmonte. Moradores que transitavam pela rodovia BA-275, entre o distrito de Barrolândia e a sede do município, se depararam com uma cena de total descaso ambiental. Resíduos em chamas lançavam uma fumaça tóxica no ar, enquanto o lixo se acumulava às margens da estrada.A responsabilidade por essa situação recai sobre os ombros da empresa Magnata Transportes, a qual, ironicamente, é contratada pela Prefeitura de Belmonte para a prestação de serviços de limpeza pública. A indignação da população é justificada, uma vez que a empresa recebe mensalmente uma quantia substancial de quase meio milhão de reais (R$ 440.136,49) dos cofres públicos municipais.
Essa não é a primeira vez que a Magnata Transportes e a Prefeitura de Belmonte estão sob escrutínio público. Há tempos, os serviços prestados pela empresa têm sido alvo de críticas devido à sua qualidade questionável e à falta de fiscalização eficaz por parte do Poder Público Municipal. O lixão de Belmonte é uma questão recorrente que parece persistir sem solução. Enquanto municípios vizinhos, como Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro, optaram por desativar seus lixões e encaminhar os resíduos para empresas de aterro sanitário certificadas, Belmonte insiste em uma abordagem antiquada e prejudicial ao meio ambiente.
É evidente que a relação entre a Prefeitura de Belmonte e a Magnata Transportes precisa ser reavaliada com urgência. O descaso com o meio ambiente e a qualidade insatisfatória dos serviços prestados são inaceitáveis. A população de Belmonte merece um ambiente mais limpo e seguro, bem como uma administração pública mais transparente e responsável. Fica a questão: por quanto tempo a Prefeitura de Belmonte continuará ignorando os apelos por uma mudança significativa? Enquanto os resíduos queimam à beira da estrada, a resposta parece cada vez mais urgente.