No último mês de agosto, o município de Belmonte foi abalado por um escândalo de suposta fraude em licitações, que resultou em uma Operação da Polícia Federal na cidade. Mesmo diante das sérias acusações e evidências de corrupção, o Prefeito Bebeto Gama surpreendentemente optou por ignorar as controvérsias e, nesta quarta-feira (29/11), publicou o terceiro termo de aditivo de um contrato de mais de R$ 600 Mil Reais com a empresa JL CANDEIA PRODUTOS HOSPITALARES E LIMPEZA LTDA, uma das empresas investigadas no caso. (Relembre aqui)

As investigações da Polícia Federal revelaram na época conversas comprometedoras entre o servidor Mouzer da Motta Lopes de Oliveira e um representante da JL Candeia, chamado Antônio. Essas conversas sugeriam a discussão de valores de propinas, levando ao afastamento judicial dos servidores Mouzer e Rosvel da Silva Cruz. Surpreendentemente, a Prefeitura de Belmonte optou por manter relações comerciais com a empresa investigada, culminando no terceiro aditivo do Contrato Nº 179/2022. (Veja no destaque acima).

Um aspecto alarmante é a omissão do nome da JL CANDEIA no aditivo do contrato publicado por no Diário Oficial, indicando uma possível tentativa de encobrir as conexões da empresa com o escândalo. Contudo, a gestão do Prefeito Bebeto Gama não conseguiu esconder o número do contrato (179/2022), que remete ao contrato original de R$ 604.369,70, publicado em dezembro de 2022. (Veja no destaque acima).

É inquietante observar que, mesmo diante das graves acusações e da repercussão negativa, a administração municipal optou por não se manifestar sobre o assunto e continuou a manter vínculos comerciais com a empresa sob investigação. Esta atitude levanta sérias dúvidas sobre a integridade e a transparência da gestão do Prefeito Bebeto Gama, além de suscitar questionamentos sobre a responsabilidade e ética na condução dos assuntos públicos em Belmonte.