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Moradores da comunidade do Ubú denunciam condições precárias do Colégio Municipal que atende a localidade.

Publicado por: admin em 26 de fevereiro de 2024

No último final de semana, moradores da região do Ubú, município de Belmonte, foram às redes sociais para denunciar as condições alarmantes do Colégio Municipal São Paulo. O local, destinado ao ensino de crianças da comunidade, enfrenta problemas graves que comprometem a segurança e o bem-estar dos estudantes. As denúncias apontam a falta de energia e água, problemas estruturais e o avanço do mato nas áreas próximas ao prédio.

A Associação Primavera, composta por moradores engajados em melhorias para o Ubú, foi responsável por registrar a situação em vídeo, evidenciando a realidade preocupante da instituição de ensino. Com o início das aulas se aproximando, a comunidade se vê angustiada, receosa de enviar seus filhos para um ambiente tão precário. A gestão do Prefeito Bebeto Gama, sob o slogan da “Renovação, Renovada”, é alvo de críticas acirradas dos moradores. As denúncias de negligência na manutenção das escolas contrastam com a retórica do governo, que insiste em afirmar que tudo está sob controle. Entretanto, evidências apontam para um cenário diferente.

Contrato Milionário e Falta de Transparência:

O agravante da situação é o contrato milionário estabelecido entre a prefeitura de Belmonte e uma empresa terceirizada, a Portal Empreendimentos, para reforma das escolas. Os valores vultosos, que não são devidamente transparentes no Portal da Transparência do Município, levantam questionamentos sobre a efetiva aplicação dos recursos destinados à educação. De acordo com registros do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA), até dezembro de 2023, a empresa contratada recebeu cerca de R$ 1,5 milhões para realizar obras de reforma e construção de colégios somente em Belmonte e no Distrito de Barrolândia. Os colégios de outros distritos e de comunidades rurais não foram atendidos pela empresa.

É evidente que a situação do Colégio Municipal São Paulo é apenas a ponta do iceberg de um problema sistêmico na gestão da educação em Belmonte. A falta de transparência nos gastos públicos e a ausência de manutenção adequada das escolas são questões que demandam urgente atenção por parte das autoridades responsáveis. Enquanto os discursos políticos tentam embelezar a realidade, a comunidade sofre as consequências de uma administração deficiente. A pressão popular e a cobrança por medidas efetivas são essenciais para garantir uma educação digna para as crianças de Belmonte.

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