Após enfrentar dois meses de paralisação na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o Projeto de Lei nº 25.233/2024, que institui o programa Bahia Pela Paz, foi finalmente aprovado em sessão nesta terça-feira (14/05). A aprovação, que ocorreu por unanimidade, foi resultado de intensos esforços do governo Jerônimo Rodrigues (PT), que precisou realizar três tentativas para garantir a aprovação da matéria. O projeto havia enfrentado obstáculos anteriormente devido à falta de quórum, causada pela ausência dos parlamentares em decorrência do feriado do Dia do Trabalhador, em 1º de maio, e à falta de acordo entre os líderes.

O momento crucial da votação foi marcado pela contagem regressiva, faltando apenas 18 segundos para completar o tempo de verificação de quórum, quando o governo contava apenas com 27 presentes. Nesse momento, a oposição se uniu para garantir o número necessário de parlamentares para a votação. Alan Sanches (União), líder da oposição, destacou a importância do projeto para a população e justificou o apoio da oposição à sua aprovação. “Não tinha mais sentido a gente segurar um projeto dessa magnitude. (…) Tanto é que votamos a favor do projeto”, afirmou.

Além do Projeto Bahia Pela Paz, outro projeto aprovado na sessão desta terça-feira, também por unanimidade, foi o que trata sobre o abono de R$ 6 mil para os professores da rede estadual de ensino. Alan Sanches ressaltou a importância da aprovação, destacando que o dinheiro já está disponível e que a aprovação garantirá o rápido acesso dos professores aos recursos. Por outro lado, os professores comemoraram a retirada da pauta de urgência da proposta de reajuste salarial de 5,69% voltado exclusivamente para a categoria. Rui Oliveira, presidente da APLB (sindicato que representa os professores), ressaltou que o governo ainda não iniciou negociações com os servidores públicos baianos.