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Ibama reintroduz arara-vermelha-grande na região da Costa do Descobrimento.

Publicado por: admin em 4 de julho de 2024

Um projeto inédito desenvolvido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Porto Seguro reintroduziu, nesta semana, 35 exemplares de arara-vermelha-grande (Ara chloropterus) na Mata Atlântica, na Costa do Descobrimento. A espécie, que havia sido extinta na região sul da Bahia entre os séculos 19 e 20, volta a voar em seu habitat natural graças aos esforços conjuntos de diversas entidades ambientais.

O trabalho inovador é liderado pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, com o apoio de diversas entidades. Devido à ausência de populações selvagens de araras-vermelhas na Mata Atlântica, as aves reintroduzidas são oriundas de cativeiros, fruto de apreensões realizadas em operações de combate ao tráfico de animais silvestres por órgãos ambientais estaduais e municipais de todo o país.

Primeira Soltura na Estação Ecológica do Pau-Brasil

“A união dos esforços possibilitou a soltura do primeiro grupo de araras-vermelhas-grandes, que foi reunido e individualmente identificado para permitir seu monitoramento na natureza”, afirma Cid José Teixeira, chefe do Cetas/BA. A ação de reintrodução ocorreu no interior da Estação Ecológica do Pau-Brasil, em Porto Seguro.

Após um período de quarentena e avaliação das condições de saúde, as aves foram instaladas em um grande recinto de aclimatação, projetado para permitir o fortalecimento da musculatura de voo e a formação de casais, além de gradualmente expor as aves ao clima da região.

Importância Ecológica da Arara-Vermelha-Grande

Originalmente, a arara-vermelha possuía uma ampla distribuição geográfica, ocorrendo em quase todo o Brasil, exceto em alguns estados do Nordeste e do Sul. Na natureza, elas se alimentam de uma ampla variedade de frutos e sementes. Graças ao seu tamanho, são capazes de dispersar sementes maiores, contribuindo para o aumento do tamanho da vegetação nas regiões onde ocorrem, modificando a fisionomia de todo o ambiente.

Embora já tenha sido comum na Mata Atlântica, o desmatamento e a captura ilegal levaram à extinção da espécie no litoral brasileiro. Atualmente, suas populações estão concentradas principalmente nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil.

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