Após mais de uma semana de interrupção das aulas devido à falta de transporte escolar na região do Tuiuti, os estudantes finalmente retornaram às salas de aula nesta quinta-feira (17/08). No entanto, a forma como a situação foi abordada levanta questionamentos sobre a gestão do transporte escolar por parte da Prefeitura de Belmonte. Em vez de acionar a empresa Magnata Transportes, que é a terceirizada responsável pela linha, a prefeitura optou por utilizar ônibus enviados pelo Governo Federal para resolver o problema. O primeiro ônibus enviado teve defeitos, e um segundo também enfrentou problemas elétricos, exigindo ainda o envio de um terceiro veículo para finalmente garantir o transporte dos alunos.
A vereadora Thiara Melgaço esteve presente durante todo o processo e pressionou a Secretaria Municipal de Belmonte por explicações sobre a não atuação da empresa Magnata Transportes, que recebe um montante considerável de mais de R$ 16 mil pela prestação de serviços. No entanto, até o momento, o Secretário Glauber Façanha não forneceu esclarecimentos sobre o motivo dessa decisão. A resolução desse incidente imediato não esconde as preocupantes questões subjacentes. A situação expõe uma possível deterioração da frota de ônibus escolar no município. A prefeitura realizou uma Chamada Pública para contratar a Magnata Transportes, mas surgem dúvidas sobre a transparência desse processo, principalmente considerando que a empresa demonstrou incapacidade técnica para lidar com a situação.
Por outro lado, os ônibus de propriedade do município também parecem estar sofrendo com falta de manutenção adequada, levando a especulações de que isso possa ser uma estratégia para justificar a terceirização do transporte escolar em prol da Magnata Transportes. O episódio destaca a importância de uma gestão transparente e eficaz do sistema de transporte escolar. Além de garantir que os estudantes não sejam prejudicados, é fundamental assegurar que os recursos públicos sejam utilizados de maneira adequada e que empresas contratadas possuam a capacidade técnica necessária para cumprir seus compromissos. Enquanto a situação imediata parece estar resolvida, o impacto desse evento pode ecoar por muito tempo, influenciando a confiança da comunidade na administração local e levando a um debate mais amplo sobre terceirização, manutenção de frotas e a transparência nas contratações públicas.