Em meio a um cenário de intensas brigas, discussões e acusações, os vereadores alinhados ao Prefeito Bebeto Gama deram um “Presente de Natal” ao gestor, aprovando a Lei Orçamentária para o ano de 2024. A decisão, que concede ao prefeito controle total sobre os recursos previstos em R$ 113,5 milhões de reais, levanta questionamentos devido a possíveis fontes adicionais de receita que não foram inclusas nesse montante.
Apesar das divergências e protestos, os quatro vereadores de oposição não conseguiram obter êxito em sua proposta de alterar o Projeto de Lei, buscando reduzir para 20% o controle do orçamento por parte do gestor. O presidente da Câmara, Luluca da Ambulância, não aceitou a emenda alegando que o prazo para qualquer manifestação tinha terminado e recusou o parecer da Comissão de Finanças, conduzindo a votação única com a maioria dos vereadores aliados ao prefeito.
A votação, com base no parecer dado pelo relator Ad Hoc, vereador Rogério Bahia, resultou na aprovação da Lei Orçamentária de 2024 com cinco votos a favor, quatro contra e uma abstenção. O gestor municipal, Bebeto Gama, agora detém controle total sobre os recursos municipais previstos em mais de R$ 113,5 milhões, sem considerar possíveis incrementos provenientes do REFIS, aumento de impostos na mineração do distrito de Santa Maria Eterna e receitas dos novos empreendimentos no Rio Preto. Diante dos protestos e da aparente falta de transparência, os vereadores aliados ao prefeito se viram visivelmente acanhados, sem apresentar explicações convincentes sobre sua decisão de apoiar o controle integral do prefeito sobre os recursos municipais. A ausência de justificativas plausíveis levanta questionamentos sobre os motivos por trás dessa escolha e a verdadeira representação dos interesses da comunidade.
A aprovação da Lei Orçamentária de 2024, com o controle total dos recursos nas mãos do prefeito, marca um capítulo controverso na política local. A falta de diálogo, a recusa de propostas de alteração e a ausência de esclarecimentos por parte dos vereadores aliados deixam a população em alerta e levantam dúvidas sobre a efetividade do sistema democrático no município. O “Presente de Natal” concedido ao prefeito se torna um presente questionável à luz da responsabilidade fiscal e do compromisso com o bem-estar da comunidade.