Na manhã desta quinta-feira, 23 de maio, data em que Belmonte celebrou 133 anos de Emancipação Política, produtores, artistas e entidades culturais se reuniram em frente ao Cine Teatro Afrânio Filho para manifestar pela retomada das obras de requalificação do Cine Theatro Municipal de Belmonte. O projeto, paralisado há oito meses, não teve nenhuma prestação de contas por parte do CONDER, Prefeitura de Belmonte, da SIAN Engenharia ou da Multiplus, empresas responsáveis pela execução da obra orçada em mais de R$ 1,3 Milhões de Reais.

Histórico e Indignação

O Cine Teatro Afrânio Filho está em ruínas há cerca de 12 anos, situação que se agrava com a paralisação da obra de requalificação, que conta com um orçamento de mais de R$ 1,3 milhões (R$ 1.326.926,28). Esta intervenção, fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Belmonte e o Governo do Estado, é apenas uma das várias iniciativas da gestão Bebeto Gama que enfrentam dificuldades de execução. A ausência de informações claras sobre o andamento do projeto provocou revolta entre os artistas e entidades culturais, que decidiram se manifestar enquanto o prefeito realizava o último ato cívico da sua gestão em comemoração ao aniversário da cidade.

A Manifestação

A manifestação contou com a participação de diversos segmentos culturais e sociais de Belmonte. Estiveram presentes conselheiros culturais, filarmônicas, fanfarras, marisqueiras, representantes de casas de terreiro, artistas solo, grupos de capoeira, produtores culturais, autoridades locais e simpatizantes da causa. O evento foi marcado por apresentações artísticas, slogans alusivos ao tema, um “abraço coletivo” em frente ao teatro e a organização de um abaixo-assinado solicitando providências urgentes. O “abraço coletivo” foi promovido pelo Conselho Municipal das Políticas Culturais de Belmonte (CMPC) e faz parte de uma série de ações planejadas para fortalecer a cultura do município. Os manifestantes exigem transparência e agilidade na retomada das obras, ressaltando a importância do Cine Theatro Afrânio Filho como um patrimônio cultural e um espaço essencial para o desenvolvimento artístico e comunitário de Belmonte.