Na sessão da Câmara de Vereadores de Belmonte, realizada nesta segunda-feira (02/09), a população foi surpreendida com declarações inesperadas de três dos mais leais defensores do Prefeito Bebeto Gama: os vereadores Rogério Bahia, Luluca da Ambulância e Catiano Reis. Em um gesto que parecia buscar redenção, Rogério Bahia e Luluca da Ambulância reconheceram publicamente o fracasso da atual gestão, lamentando o apoio dado ao prefeito. No entanto, suas palavras soam como arrependimento tardio e vazio, demonstrando uma tentativa desesperada de se dissociar do colapso administrativo que ajudaram a perpetuar.
Rogério Bahia: Arrependimento Tardio e Confissão Preocupante
O vereador Rogério Bahia iniciou suas declarações com críticas duras à administração de Bebeto Gama, acusando o prefeito de negligenciar tanto a cidade quanto os próprios vereadores. Rogério revelou que, há cerca de três meses, ele e outros vereadores não conseguem contato com o prefeito e sua esposa, um distanciamento que começou após a aprovação da Lei Orçamentária que concedeu ao prefeito controle total sobre os recursos municipais. Ainda mais alarmante foi a confissão de Rogério sobre a CPI dos Combustíveis, onde ele admitiu ter protegido o prefeito de uma investigação que poderia ter resultado em seu impeachment. Esta revelação expõe uma escolha deliberada de proteger interesses políticos em detrimento de seu dever como representante do povo. Rogério tentou se eximir da culpa, afirmando que apenas apoiou a escolha da maioria dos eleitores nas eleições passadas, mas essa justificativa não minimiza sua responsabilidade pelo estado atual do município.
Luluca da Ambulância: Lamentações Vazias de um Presidente Omisso.
Seguindo o exemplo de Rogério, Luluca da Ambulância também expressou descontentamento com a gestão de Bebeto Gama, lamentando o abandono em que a cidade se encontra. O presidente expressou sua preocupação com “limbo” que pode se intaurar após o período eleitoral e, apesar de também ter protegido por diversas vezer o gestor exercendo a chefia do Legislativo, Luluca reconheceu que realmente a atual situação da cidade é de calamidade. Infelizmente, as palavras do presidente da Câmara contrastam com o seu posicionamento durante os anos do seu mandato, onde, praticamente, tudo que o Prefeito Bebeto Gama quis foi votado com a sua ajuda e articulações.
Catiano Reis: A Amnésia Oportuna de um Alinhado.
O vereador Catiano Reis, outro fiel aliado do prefeito, foi mais um a se distanciar convenientemente das responsabilidades pela crise municipal. Alegando uma “amnésia oportunista”, Catiano tentou se desvincular dos problemas, afirmando que não tinha problema com isso e que ele apenas trabalhou pelo povo de Boca do Córrego. No entanto, sua história de apoio incondicional ao prefeito e sua administração o coloca no centro do problema que agora tenta negar.
Luciano de Boca do Córrego: A Voz da Consciência
O vereador Luciano de Boca do Córrego encerrou as discussões com uma resposta contundente às lamentações de seus colegas, afirmando que a oposição sempre esteve correta em suas críticas. Ele fez um apelo à população para que analise cuidadosamente seus votos nas próximas eleições, evitando eleger representantes que, ao invés de fiscalizar, permitiram que o prefeito agisse livremente, prejudicando o município. Luciano destaca a hipocrisia dos que agora se lamentam após verem a população sofrer as consequências de sua omissão.
As declarações dos vereadores Rogério Bahia, Luluca da Ambulância e Catiano Reis não podem ser vistas como um verdadeiro compromisso com os interesses do povo belmontense. Suas palavras refletem mais arrependimento por terem apoiado uma administração falida do que qualquer intenção genuína de mudança. A população de Belmonte merece líderes que não apenas lamentem o passado, mas que atuem com integridade e responsabilidade desde o início, sem esperar que a crise se agrave para buscar redenção.