A disputa política em Belmonte atingiu um novo nível de tensão com acusações graves de intolerância religiosa, inflamando o debate público e gerando repercussão nas redes sociais. A polêmica foi tema central da entrevista realizada na Rádio Nativa FM na noite desta quarta-feira (25/09), quando o candidato a prefeito Paulinho de Papau acusou o correligionário de seu adversário, Eldo, de praticar atos de intolerância contra membros de sua equipe. Durante o debate, Paulinho de Papau fez duras críticas, acusando Eldo de ofender membros dos seu grupo político. A acusação envolvia, segundo Paulinho, manifestações de intolerância contra seguidores de religiões de matriz africana, um tema que rapidamente incendiou as discussões políticas na cidade.
Resposta nas Redes Sociais
Nesta quinta-feira (26/09), Eldo utilizou suas redes sociais para se defender das acusações. Ele trouxe à tona uma série de prints tirados de um grupo de WhatsApp, utilizado por apoiadores de Paulinho, nos quais supostos familiares do candidato publicaram mensagens ofensivas direcionadas ao líder religioso de matriz africana, Wanderson, conhecido vendedor de acarajé na cidade. Os prints mostram comentários que foram considerados desrespeitosos e preconceituosos por parte da comunidade.
Em resposta às mensagens, Wanderson gravou um vídeo expondo sua indignação e pedindo apoio de outros grupos religiosos de matriz africana para repudiar as agressões sofridas. O vídeo teve grande repercussão, fortalecendo a discussão sobre a intolerância religiosa em Belmonte. Eldo, por sua vez, alegou que o fato trazido à tona por Paulinho eram brincadeiras feitas com algumas pessoas e que o episódio estava sendo manipulado politicamente para atacar a imagem de Iêdo Elias, candidato adversário de Paulinho de Papau.
Pronunciamentos dos Candidatos
No decorrer do debate, Iêdo Elias adotou um tom conciliador, afirmando que a violência verbal e as atitudes extremas não devem ser combatidas com mais extremismo. Ele também enfatizou que, caso seu correligionário Eldo tenha realmente cometido qualquer ato de intolerância, que repense suas ações, criticando a possível postura do seu correligionário.
Por outro lado, Moisés Sant’ana, candidato a vice-prefeito na chapa de Paulinho de Papau, também se posicionou nas redes sociais. Moisés repudiou veementemente qualquer ato de intolerância religiosa e que qualquer agressão a líderes religiosos é inaceitável.
Repercussão na Comunidade
O caso trouxe à tona discussões sobre respeito, diversidade religiosa e o papel das lideranças políticas em tempos de eleições. Com o pleito se aproximando, a expectativa é de que o debate em torno de questões sociais como a intolerância religiosa continue a ocupar espaço na campanha, exigindo dos candidatos uma postura firme em defesa da liberdade religiosa e dos direitos fundamentais. As eleições municipais de Belmonte, marcadas para as próximas semanas, prometem manter o cenário político aquecido, com o desenrolar desses episódios sendo acompanhado de perto pela população e pelos grupos envolvidos.