O empresário José Gonçalves Souza Neto, conhecido como “Neto Milionário”, dono da Magnata Transportes, prestadora de serviços de limpeza pública em Belmonte, foi liberado da prisão na tarde de quarta-feira, 16 de outubro. A Justiça atendeu ao pedido de seus advogados, que argumentaram que o Ministério Público não havia conseguido apresentar uma denúncia formal devido à falta de diligências necessárias para esclarecer a acusação de tentativa de homicídio.
A prisão preventiva de Neto Milionário foi convertida em liberdade provisória com medidas cautelares rigorosas. Entre as imposições, ele terá que se manter dentro da comarca e não poderá se ausentar por mais de oito dias sem aviso prévio ao Juízo. Além disso, o empresário está obrigado a comparecer a todos os atos processuais aos quais for convocado e não poderá frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos similares. Também é exigido que ele apresente mensalmente ao Cartório Criminal do Fórum de Itamaraju um relatório justificando suas atividades, se recolhendo à sua residência às 19 horas, e está proibido de manter contato com a vítima e seus familiares.
A tentativa de homicídio pela qual Neto Milionário está sendo acusado ocorreu na madrugada do dia 7 de outubro, em Itamaraju, quando ele supostamente atirou contra Leandro Ferraz da Silva, atingindo-o na perna. O incidente se deu na Rua Castro Alves, no centro da cidade, e, conforme o relato da vítima, não houve qualquer discussão ou provocação que justificasse a agressão. Ao chegarem ao local, policiais militares encontraram 14 cápsulas deflagradas, evidenciando a gravidade do ato. O empresário foi encontrado em sua residência e preso em flagrante, onde a polícia apreendeu uma pistola Glock calibre .380, com o número de série raspado, carregada com oito cartuchos intactos, além de uma cartela vazia de munição do mesmo calibre. Após uma audiência de custódia realizada em 9 de outubro em Teixeira de Freitas, o juiz Dr. Gustavo Vargas Quinamo decidiu pela conversão da prisão em flagrante para preventiva, levando em consideração a gravidade do crime e o risco de fuga do acusado.