A polêmica em torno dos descontos irregulares no 13º salário dos servidores municipais e o não pagamento do Piso Salarial da Enfermagem, em Belmonte, ganhou novos desdobramentos nesta quarta-feira (25/12). Em resposta às declarações atribuídas ao Prefeito Bebeto Gama e à sua esposa e Secretária de Finanças, Eunice Gama, que tentaram responsabilizar o setor de Recursos Humanos pelos problemas, os servidores vieram a público para desmentir a versão apresentada.
Por meio de postagens em redes sociais, os servidores esclareceram que todas as decisões referentes a pagamentos e descontos são de responsabilidade direta do Prefeito e da Secretária de Finanças. A equipe de Recursos Humanos, conforme informado, não possui autonomia para agir por conta própria. A situação se agravou ainda mais após a divulgação de uma nota pela Secretaria Municipal de Saúde, que alegou um suposto ataque cibernético ao sistema de gerenciamento dos recursos do Ministério da Saúde. Segundo a nota, o ataque teria impossibilitado o acesso e o gerenciamento dos pagamentos. Contudo, a ausência de detalhes sobre o ocorrido e a falta de previsão para a regularização reforçaram o clima de insatisfação, onde muitos acreditam que a história não passou de uma justificativa falsa para tentar acalmar os profissionais de enfermagem revoltados.
Silêncio e Indefinição
Até o momento, nem o Prefeito Bebeto Gama nem a Secretária Eunice Gama apresentaram soluções concretas ou cronogramas para o pagamento do Piso Salarial da Enfermagem e a correção dos descontos no 13º salário. A proximidade do fim da gestão – restando apenas três dias úteis para o término do mandato – coloca uma enorme pressão sobre a administração. Fontes internas relatam que a transição para a equipe do Prefeito eleito, Iêdo Elias, será acompanhada de um passivo financeiro significativo, complicando ainda mais a situação.
Ameaça de Medidas Judiciais
Indignados, alguns servidores estudam acionar a Justiça para garantir o pagamento de seus direitos. A ação seria uma tentativa de forçar a gestão atual a regularizar os valores pendentes antes de encerrar o mandato, mas a iniciativa barra no recesso do judiciário e no pouco tempo que tem para findar a gestão Bebeto Gama. “Não podemos ficar à mercê de promessas não cumpridas. Se preciso, buscaremos nossos direitos judicialmente”, afirmou um servidor.
Críticas Crescentes
Com o fim do mandato de Bebeto Gama se aproximando, a expectativa recai agora sobre a gestão de Iêdo Elias. Resta saber como o novo governo lidará com o legado de problemas financeiros e como os servidores públicos serão atendidos. Enquanto isso, os servidores seguem aguardando respostas e torcem para que seus pagamentos sejam feitos até o dia 31 de Dezembro.