Os profissionais da educação do município de Belmonte, para receberem o reajuste do Piso Nacional da categoria de 33,24%, terão que aceitar que a gestão municipal reduza direitos previstos no plano de carreira da categoria. Essa foi a proposta feita pelo Prefeito Bebeto Gama, que estava acompanhado de uma equipe de advogados de Salvador e pela esposa e Secretária Municipal de Finanças Eunice Gama em uma reunião virtual com membros da coordenação da APLB em Belmonte realizada na semana passada. Segundo um dos coordenadores da APLB, o Prefeito e sua equipe informaram que era impossível dar o reajuste sem mexer no plano de carreira e reduzir direitos como: Vantagens de graduação e pós-graduação dos professores. “A mesa de negociação era para discutir o reajuste e saímos com a proposta de redução de direitos constantes no Anexo I do nosso plano de carreira.” – Comentou a coordenação do sindicato.
Ainda na reunião de negociação, a coordenação da APLB ressaltou que a gestão não trouxe nenhum dado contábil que justificasse a proposta do prefeito. “Não houve apresentação das despesas e das receitas estimadas, apenas a vontade da gestão em retirar o direito adquiridos pelos professores. Segundo as nossas estimativas, o município receberá esse ano mais de R$ 24 Milhões de Reais. Sabemos que a despesa vai aumentar, mas a arrecadação também aumentará no mesmo ritmo, já que, o valor que o Governo Federal pago por cada aluno na escola também aumentou.” – Ressaltou a coordenação.
Diante do embate, parece que mais uma vez o Prefeito Bebeto Gama se parece com a gestão do seu antecessor, já que, o mesmo está usando a mesma justificativa usada pela gestão do ex-prefeito Janival Borges de que a educação não consegue se pagar. Observadores e técnicos consultados por nossa equipe ainda consideram que o Prefeito Bebeto Gama viveu uma realidade de “bonança virtual”, onde sobrou recursos porque vários serviços públicos estavam paralisados ou funcionando de forma virtual com custos menores e agora está começando a vislumbrar a realidade. “Para se ter uma ideia, mesmo sem a educação estar a pleno vapor, a prefeitura de Belmonte fechou o ano passado com uma folha, só de contratados, de quase R$ 1 Milhão de Reais, sendo que, uma boa parte desses recebem de vantagens quase duas vezes o valor do seu salário base. Outro erro do gestor foi a inflação dos contratos. Análises mostram que, do último mês do Governo Janival Borges para o primeiro mês do Prefeito Bebeto Gama os contratos aumentaram substancialmente. Tomamos como exemplo o contrato do lixo que saiu dos R$ 293 Mil Reais mensais pagos pelo ex-prefeito para R$ 368 Mil Reais no início da gestão Bebeto Gama. Um prejuízo de cerca de R$ 75.000,00 mensais só na mudança de governo e sem nenhum estudo técnico que justificasse o custo, a penas a vontade do Prefeito em fazer uma dispensa de licitação com uma empresa, que na época, nem atestado de capacidade técnica tinha.” – Comentou um especialistas consultado por nossa reportagem.