Apesar do Prefeito Bebeto Gama e apoiadores políticos comemorarem a vitória no Tribunal de Justiça da Bahia contra os professores e servidores de apoio da educação que cobram os seus direitos, os alunos, que são a parte mais importante nesse embate, não tem muito o que comemorar. Nesta quarta-feira (04/05), cumprindo a decisão judicial que pôs fim ao movimento grevista, professores e alunos voltaram às escolas e o que encontraram foram vários prédios escolares com problemas e outros ainda em reforma ou com os trabalhos de reforma paralisados.
Além da estrutura, em algumas escolas faltam carteiras para todos os alunos, faltam merenda e grande parte dos alunos da zona rural belmontense não pôde comparecer ao início das aulas por falta de transporte. Pelo menos, até o momento, duas escolas, Edgar Santos e Escola São Francisco, não tiveram condições de receber os alunos e adiaram o início das aulas. Os professores reclamam nas redes sociais que, apesar de estarem retornando às escolas, os trabalhos com os alunos estão prejudicados por falta de responsabilidade da gestão.
Nossa equipe não conseguiu contato com a APLB/Belmonte, mas alguns professores já informaram que a categoria tem registrado o descaso com a educação municipal por parte do Prefeito Bebeto Gama para enviar ao Ministério Público.
Os professores também reclamam que, o gestor que fala que está em constante diálogo com a categoria, até o momento, não voltou para a mesa de negociações para apresentar propostas sobre o Piso Nacional do Magistério. Nossa equipe apurou com pessoas próximas ao governo que o objetivo do gestor é congelar o salário dos professores neste ano de 2022 para punir os grevistas.