A ceramista belmontense Dagmar Muniz, sera tema de um curta-metragem que irá contar a sua história e o seu legado. O novo audiovisual será um curta-documental, intitulado Dagmar, Filha do Barro, que narrará a vida e a obra da ceramista autodidata, que embora nascida em Una, tornou-se um dos maiores símbolos culturais de Belmonte, terra onde fincou suas raizes. Dagmar Muniz de Oliveira tem 86 anos e a artista belmontense é reconhecida por produzir os maiores vasos cerâmicos do mundo.

Ao longo de 2021 e durante todo o primeiro trimestre deste ano, os artistas Denis Rodriguez e Leonardo Remor acompanharam a produção de artefatos de barro da Cerâmica 14 Irmãos, capitaneada por Dona Dagmar em Belmonte. O documentário conta sua história de vida – a força do empoderamento feminino, suas lutas e vitórias, seus saberes ancestrais, em cruzamento com as etapas de confecção cerâmica: A busca do barro no Jequitinhonha, a secagem e a preparação da argila, a modelagem das peças em família, o enfornamento dos potes e a singular queima em forno caieiras. O objetivo principal do documentário é lançar um olhar crítico sobre as práticas culturais ligadas ao território e sensibilizar o público sobre os modos de vida – e suas culturas – em desaparecimento.

O projeto Dagmar, Filha do Barro tem o apoio do escritor Herculano Assis, da KATZ engenharia, Artesol, MAM – SP e ainda encontra-se em fase de captação de recurso para a finalização, estreia no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no 37º Panorama da Arte Brasileira, sob o título: Sob As Cinzas, Brasa, com abertura no dia 23 de julho de 2022 e curadoria compartilhada por Cauê Alves, Claudinei Roberto da Silva, Cristiana Tejo e Vanessa Davidson. Em seguida, será lançado em Belmonte.