Ainda nem começou o ano letivo de 2023 na rede municipal de Belmonte e os alunos já estão prejudicados. É o que revela a ata da reunião do Conselho Municipal de Educação, publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (27/03), que decidiu o Calendário Escolar de 2023. Segundo o documento, o ano escolar será iniciado em abril e finalizado, de formar atrasada, em fevereiro de 2024, mesmo com a ocorrência de sábados letivos. Os professores chegaram a propor que 50% dos 26 sábados letivos previstos fossem ministrados por atividades online, sem a obrigação da presença dos alunos em sala de aula as chamadas “aulas assíncronas”. Alegando falta de fundamentação legal, a Secretaria de Educação rejeitou a proposta e preferiu que as aulas seguissem normalmente até fevereiro.

O grande problema é que o atraso pode ser ainda maior, já que, é iminente um novo movimento grevista dos professores causado pela guerra contra a categoria deflagrada pelo Prefeito Bebeto Gama. Os educadores cobram da gestão os reajustes do Piso Nacional do Magistério de 2022 (33,24%) e de 2023 (14,95%). O prefeito Bebeto Gama, por sua vez, se nega a repassar os reajustes e o caso já foi parar na justiça. Nem a pressão dos 11 vereadores da Câmara está fazendo efeito, já que, o prefeito se negou a participar de uma reunião com os legisladores alegando estar com a agenda cheia.

De qualquer forma, é certo o prejuízo dos alunos belmontenses e muitos pais estão transferindo os seus filhos para outras cidades ou escolas particulares para garantirem o aprendizado e salva-los da irresponsabilidade de uma gestão que, infelizmente, só ficou na “esperança” e nas fotos alegres que o gestor insiste em postar em suas redes sociais.

Clique aqui e confira o documento na íntegra.